sábado, 2 de julho de 2011

Desenvolvimento na infância

Desenvolvimento físico:
Quando nasce, a cabeça do bebé representa ¼ do comprimento total, os olhos têm metade do seu tamanho final e o corpo representa 1/20 da estatura final do adulto.
O peso do recém-nascido varia de acordo com o estado socioeconómico e nutricional da mãe no entanto um recém-nascido com baixo peso pode recuperar o seu peso e o seu tamanho apesar de que de uma forma geral as crianças com baixo peso a nascença raramente igualam as curvas de crescimento dos recém - nascidos normais apenas conseguem aproximar-se dessas curvas.
Após o nascimento, há padrões definidos de crescimento físico e de aumentos nas capacidades motoras e cognitivas, existe constantemente uma evolução do mais simples para o mais complexo.
Nota:
Na nossa prática profissional devemos ter em atenção estas informações quando leccionarmos um novo conteúdo, devemos ter sempre a preocupação de partir dos aspectos mais simples para os mais complexos.
Desenvolvimento motor:
No que diz respeito ao desenvolvimento motor, existe uma sequência na aprendizagem das capacidades motoras: os bebés seguram a cabeça antes de se sentarem sem apoio, sentam-se antes de gatinharem, e gatinham antes de andarem. A idade pode mudar ligeiramente, mas a sequência é a mesma para todas as crianças. Note-se que a prática precoce é um factor chave para a manutenção e futuro desenvolvimento de acções.
O desenvolvimento motor rege-se por três regras gerais:
·         Progressão céfalo-caudal
·         Progressão proximodistal
·         Progressão de acção concentrada para especifica
Isto é, o bebé tem mais controlo motor sobre a cabeça do que sobre os músculos mais abaixo, movimenta melhor o tronco e só depois os braços e as mãos, e primeiramente executa acções grosseiras, difusas e não diferenciadas passando depois a executar acções mais precisas e específicas.
Note-se que o desenvolvimento é contínuo mas nem sempre uniforme e gradual. Há períodos de crescimento físico muito rápido – nos chamados surtos de crescimento - e de incrementos extraordinários nas capacidades psicológicas.
Myrtle Macgraw, conclui que existem certos períodos na vida óptimos durante o desenvolvimento, ou seja existem períodos críticos em que uma dada actividade é mais susceptível á modificação. Ele defendia que forçar uma criança a empenhar-se em actividades antes do período critico era inútil e prejudicial.
O conhecimento destes períodos críticos, no âmbito da nossa actividade profissional, permite-nos saber qual a melhor altura para desenvolver certas capacidades motoras e cognitivas retirando assim o melhor proveito da sua aprendizagem por parte do aluno ou atleta.

Desenvolvimento sensorial:
Paladar – Quando nascem, os bebés têm um paladar bastante aprimorado, é o sentido mais       apurado á nascença.
Olfacto – Os bebés reconhecem, desde cedo, o cheiro da mãe e do seu leite.
Audição – Os bebés têm uma audição muito sensível.
Visão – Quando nascem, a sua visão é desfocada, mas à medida que crescem, vêm cada vez com maior nitidez. Estudos mostram que os bebés preferem rostos humanos a qualquer outro tipo de desenho ou imagem.
Percepção da profundidade – A partir das duas semanas de vida, os bebés já tem a percepção da profundidade, sabendo se estão em perigo de cair ou não.


Tacto – No que se refere aos sentidos cutâneos responsáveis pela sensibilidade ao tacto, à pressão, à dor e à temperatura, o padrão parece semelhante ao já visto em outras ocasiões: estes sentidos são funcionais desde o momento do nascimento, embora a sensibilidade cutânea aumente durante os primeiros dias e semanas após o nascimento. Os recém-nascidos são também sensíveis ao ritmo (ao embalar, a palmadinhas no rabo).

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